quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Diário de Viagem: Domingo em Viena e mais detalhes de Güssing

Logo quando chegamos em Viena, no sábado, por volta das 14h30, Marinês e os demais maratonistas, Júlio, Paulo Lins, Paulo Sobral, Jacqueline e Ésio, saíram à procura de alugar um carro para na manhã seguinte viajarem a Güssing (165 km de Viena), onde participariam de mais uma maratona. As locadoras de automóveis estavam fechadas, mas conseguiram contratar um taxista com um carro grande o suficiente para levá-los e buscá-los após a corrida.

Eu também queria muito ir, inclusive estava inscrito para a prova dos 10km, mas como passaríamos só uma dia inteiro em Viena, optei por ficar e conhecer um pouco a cidade e seus palácios e museus.
A turma da maratona saiu às 5 da manhã. Eu fiquei dormindo até as 9h para descansar um pouco e depois saí sozinho para explorar alguns dos principais museus de Viena.


Primeiro visitei o Kunsthistorisches Museum (Museu da História da Arte, ou Museu de Belas Artes), que tem uma coleção fantátistica de quadros, muitos de pintores mundialmente consagrados (alguns exemplos abaixo: A Torre de Babel, de Bruegel; A Madona no Prado, de Raffael; A Abdução de Ganimede, de Michelangelo; A Arte da Pintura, de Vermeer; Madre Teresa de Ávila, de Rubens; e A Infanta Margarida com Vestido Rosa, de Velázquez).


Há ainda belíssimos quadros de pintores não tão conhecidos por nós, pobre mortais, como nos exemplos abaixo (A Lenda dos Restos Mortais de S. João Batista, de Sint Jans;  Verão, de Arcimboldo. Os dois últimos eu não anotei a identificação).



Havia ainda uma mostra sobre o Egito Antigo, com achados arqueólogicos impressionantes, como os abaixo:
 

Lá eu descobri que os egípcios não mumificavam apenas pessoas, mas qualquer ser, como crocodilos, gatos, cobras e até peixes.



Depois do almoço, visitei o Palácio Imperial dos Habsburgo, onde viveu a Imperatriz Elizabete da Áustria, mais conhecida como Sissi. Na verdade, é um complexo de palácios e outros edifícios, como igrejas, praças, jardins, etc., de forma que nem dá pra perceber de fora onde eram os aposentos imperiais. Até os museus de História da Arte e de Ciências Naturais, que são palácios gêmeos, faziam parte do complexo.
 

Na verdade, ela não vivia no palácio, pois, tal como Lady Diana, não amava o marido, o Imperador Francisco José, com quem tinha casado aos 15 anos. Sentia falta de sua vida livre e despreocupada na Bavária e detestava a corte imperial. Preferia viver viajando, passando mais tempo em Budapeste, na Hungria - onde foi coroada rainha e idolatrada pelos húngaros - que em Viena, onde não é querida pelo povo, que a acusa de não ter se importado com seu povo e seu país.



Acabou tendo uma morte trágica, assassinada por um anarquista armado com um pequeno picador de gelo artesanal com cabo de madeira. A arma está exposta no Museu do Palácio, mas não pude fotografá-la, pois não são permitidas fotos no andar superior, onde ficavam os aposentos imperiais.
No piso inferior, ficam expostas as pratarias e outros objetos que eram usadas no palácio, num desfile interminável de luxo e ostentação.

Depois do Palácio dos Habsburgo, voltei aos museus gêmeos para conferir o Naturhistorisches Museum (Museu da História Natural), enquanto aguardava o horário do retorno dos maratonistas.


O museu dispõe de interessantes coleções de exemplares dos reinos mineral, vegetal e animal. O espécime acima sou eu em frente à câmera térmica, na seção interativa sobre poluição e aquecimento global. O curioso é que os maiores minerais em exposição são todos oriundos do Brasil, como o enorme topázio abaixo, o que dá uma mostra de onde foram parar nossas riquezas.


Na saída do museu, comprei ingressos para um concerto de música clássica e retornei ao hotel. Marinês e os demais corredores já haviam retornado, e fiquei sabendo que Marinês não só havia batido seu recorde pessoal, como havia sido premiada como segunda colocada em sua categoria (faixa etária).


Vejam abaixo o vídeo da premiação:


Depois de descansarmos um pouco, fomos ao concerto de música clássica na Beethoven Platz. Estávamos apreensivos, pois o que assitimos em Praga não era muito bom e há vários consertos como este todos os dias também em Viena. Todos eles com nomes imponentes como Orquestra Imperial de Viena (o que fomos assistir), Orquestra Real de Viena, Orquestra Residente de Viena, etc. Tive comentários de que o da Orquestra Residente era fraco. Também tinha informações de que a Orquestra Mozart de Viena é a melhor do tipo, fazendo apresentações inclusive na Ópera de Viena, entretanto eles não se apresentam aos domingos. Assim, optei por comprar ingressos para a Orquestra Imperial, torcendo para que o show fosse de boa qualidade.



Não nos arrependemos. O concerto foi muito bom, com trechos de obras de vários compositores, não só de Mozart e Strauss, como a maioria dos shows da espécie. Também há um apresentador (mestre de cerimônias) bonitão que faz a apresentação da banda e de cada música tocada, além de fazer algumas piadinhas e brincadeiras com o público. Algumas músicas têm a participação de um casal de cantores de ópera, de boa qualidade, ou de um  casal de bailarinos, infinitamente melhores que os que participaram do concerto de Praga. E ainda ganhamos direito a duas taças de champagne.


Enfim, a noite valeu muito a pena e fechou com chave de ouro nossa estada em Viena. Recomendo este show para todos que forem a Viena, a não ser que consigam ingressos para a Orquestra Mozart, que se apresenta às segundas, quartas, sextas e sábados.

2 comentários:

Um olhar especial. disse...

ola boa tarde tudo bem pode entrar em contato comigo pelo whatssap 83 991728592

Unknown disse...

Ola gostaria muito de falar com o senhor, sobre esse enorme topázio q se encontra nesse museu. Sou da cidade de origem dessa pedra, e não sei pq ela está aí

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