quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Repúdio ao jornalismo marrom da revista Veja

Repúdio ao jornalismo marrom da revista Veja

Na semana passada, a revista Veja sofreu uma condenação judicial. Acionada pelo deputado Vicentinho (SP), a 13ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal condenou a publicação, em processo de injúria, calúnia e difamação, a conceder-lhe direito de resposta.
Na mesma semana, a revista apareceu também no Wikileaks. Foram divulgados telegramas da embaixada americana em Brasília, dirigidos ao Departamento de Estado, nos quais afirma-se que matérias da Veja sobre o relacionamento do PT com as FARCs – incluindo o suposto financiamento de campanhas eleitorais do partido por aquela organização guerrilheira – eram absolutamente carentes de fundamentos. O caso foi relatado pela embaixada dos EUA como um exagero, além de uma tentativa de "manobra política"patrocinada pela publicação.
Para completar o período curto de uma semana, a revista se envolve em uma série de crimes, como o de quebra de privacidade contra o dirigente petista José Dirceu. Possivelmente, Veja instalou câmeras clandestinas no corredor de um hotel onde está o apartamento que fora ocupado pelo ex-presidente do PT, bem ao estilo do jornalismo de Murdoch e talvez até com mais ousadia que seu congênere australiano. Trata-se também de uma tentativa de chantagear a Justiça.
A Bancada do Partido dos Trabalhadores alerta a sociedade e as forças democráticas para o perigo que representa uma revista de grande circulação entrar no campo da provocação e da delinquência e lembra que a defesa democracia é dever de todos.
Brasília, 29 de agosto de 2011
Deputado Paulo Teixeira-PT/SP
Líder da Bancada na Câmara

sábado, 13 de agosto de 2011

Feliz Dia dos Pais

Perdi meu pai quando tinha apenas um ano de idade. Portanto, não tive a felicidade de tê-lo ao meu lado, acompanhando meu crescimento e meu desenvolvimento. Mas onde quer que ele esteja (reencarnado ou na pátria espiritual), quero que saiba que o amo e sempre amarei e que sou muito grato por ter me dado a vida e a oportunidade de fazer parte de família tão especial.


Em homenagem a todos os pais, reproduzo abaixo o texto que minhas filhas colocaram no cartão do Dia dos Pais, além de poesias dos colegas Ivan Patriota e Ivanildo Gonçalves, e ao final um belo texto que recebi em Porwerpoint.

PAI,

Tudo que você faz
nos faz perceber
como é bom ter um grande amigo como você.

Amigo capaz de ajudar,
mesmo quando tudo parece estar perdido.
Capaz de carregar,
mesmo quando o peso da vida parece insuportável.
Capaz de compreender,
mesmo quando tudo está errado.

Agradecemos por estar SEMPRE presente,
nosso GRANDE AMIGO QUERIDO!
Te amamos MUITO!

Suas princesas,

Luísa e Sabrina.



PAI

Os teus cabelos de prata
De tantos anos vividos
E que parecem tingidos
Pela brancura da nata
Representam nesta data
Todo esforço que fizeste
E todo amor que tu deste
Pra ver os teus filhos sãos
Pra torná-los cidadãos
Do mundo e do pai celeste.
Nós queremos neste dia
Mostrar-te bem mais ainda
O tanto quanto é infinda
A nossa grande alegria
De ver toda essa energia
Nos servindo de lição
E nos causando emoção
Pra hoje mais te abraçar
E assim te homenagear
Do fundo do coração.

Ivan Patriota de Siqueira (Desig)

Dia Do Orgulho Pai


Todos querem ter seu dia para desfilar
O orgulho de ser diferente ou igual,
E os pais, no seu dia, vêm proclamar
O orgulho de ser também um ser especial.
Há pais que são, mas não são de se orgulhar,
Dão mais engulho do que orgulho; são do mal...
Mas a maioria assume e pode se louvar
Por atitudes e um dom quase maternal.
São pais calejados ou de primeira viagem,
Jovens ou temporãos, todos pedindo passagem,
Pais que são de criação, não só de procriação...
São pais dando conselhos, falando de imagem,
Outros mais brincalhões, falando bobagem,
Todos orgulhosos de serem pais na acepção.
Ivanildo Gonçalves Leite (Adrec/Comat1)
 

Pai de Verdade

Pai de verdade mesmo sabe que ser pai não é simplesmente
recolher o fruto de um momento de prazer, mas sim perceber
o quanto pode ainda estar verde e ajudá-lo a amadurecer.


Pai de verdade mesmo não só ergue o filho do chão quando ele cai, mas também o faz
perceber que a cada queda é possível levantar.


Ele não é simplesmente quem atende a caprichos: 
ele sabe perceber quando existe verdadeira necessidade nos pedidos.

Pai de verdade mesmo não é aquele que providencia as melhores escolas, 
mas o que ensina o quanto é necessário o conhecimento.

Ele não orienta com base nas próprias experiências, 
mas demonstra que em cada experiência existe uma lição a ser aprendida.
Pai de verdade mesmo não coloca modelos de conduta, 
mas aponta aqueles cujas condutas não devem ser seguidas.

Ele não sonha com determinada profissão para o filho, 
mas deseja grande e verdadeiro sucesso com sua real vocação.
Ele não quer que o filho tenha tudo que ele não teve, 
mas que tenha tudo aquilo que merecer e realmente necessitar.

Pai de verdade mesmo não está ali só para colocar a mão no bolso para pagar as despesas: ele coloca a mão na consciência e percebe até que ponto está alimentando um espírito de dependência.


Ele não é um condutor de destinos, 
mas sim o farol que aponta para um caminho de honestidade e de Bem.


Pai de verdade mesmo não diz " Faça isto " ou " faça aquilo " , 
mas sim " tente fazer o melhor de acordo com o que você já sabe " .
Ele não acusa de erros e nem sempre aplaude os acertos, 
mas pergunta se houve percepção dos caminhos que levaram o filho a esses fins.
Pai de verdade mesmo é o Amigo sempre presente, atento e amoroso 
- com a alma de joelhos - pedindo a Deus que o oriente na hora de dar conselhos ...

FELIZ DIA DOS PAIS PARA TODOS!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Renda do trabalhador brasileiro é a melhor em 50 anos

Do Boletim Informes:


Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgados na última semana mostram que o Brasil registrou a melhor distribuição de renda das últimas décadas. Segundo o estudo, o crescimento econômico, aliado à política de valorização do salário mínimo elevou a renda do trabalhador brasileiro e permitiu, pela primeira vez, que parcela significativa da população saísse do nível da pobreza.

O estudo mostra também que houve elevação de 14,8% de participação do rendimento do trabalho na renda nacional, no período entre 2004 e 2010. Ao mesmo tempo, aponta redução no nível de desigualdade na distribuição da renda em 10,7%, nesse mesmo período.

Os deputados Erika Kokai (PT-DF) e Ricardo Berzoini (PT-SP) comemoram a conquista obtida pelos trabalhadores e creditam o resultado da pesquisa à política assertiva do então presidente Lula e que tem continuidade com a presidenta Dilma Rousseff.

"Os dados revelam a política correta dos oito anos do governo Lula que continua com a presidenta Dilma. O aumento de renda dos trabalhadores é consequência de política de Estado, que valoriza o salário mínimo ao mesmo tempo em que induz o desenvolvimento nacional a partir da eliminação de desigualdades sociais”, avaliou Erika. De acordo com a deputada, o Brasil rompeu com a lógica neoliberal instituída pelo governo FHC (1995-2002), onde, segundo ela, havia redução de gasto e achatamento salarial dos trabalhadores. “A lógica dos governos Lula e Dilma é crescer com distribuição de renda”, disse.

Berzoini compartilha da mesma opinião. Para ele, o modelo de desenvolvimento adotado pelo Brasil a partir de 2003, foi essencial para o quadro positivo apresentado pelo Ipea. "Medidas como política de recuperação e valorização do salário mínimo, fortalecimento do mercado interno, redução da taxa de desemprego e formalização de postos de trabalhos a partir da ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho e o papel mobilizador dos sindicatos contribuíram para a transformação estrutural do país", ressaltou.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

o dia em que a classe média americana morreu (Michael Moore)

Trinta anos atrás hoje: o dia em que a classe média morreu

Houve um tempo em que o povo trabalhador dos Estados Unidos podia criar uma família e enviar as crianças à faculdade com a renda de um só dos pais (e que as faculdades em estados como Califórnia e Nova York eram quase gratuitas). De um tempo em que quem quisesse ter um trabalho remunerado decente o teria; em que as pessoas só trabalhavam cinco dias por semana e oito horas por dia, tinham todo o fim de semana de folga e as férias pagas todo verão. Esse tempo terminou no dia 5 de agosto de 1981. O artigo é de Michael Moore.

De tempos em tempos, alguém com menos de 30 anos irá me perguntar: “Quando tudo isso começou, o deslizamento da América ladeira abaixo?”. Eles dizem que ouviram falar de um tempo em que o povo trabalhador podia criar uma família e enviar as crianças à faculdade com a renda de um só dos pais (e que as faculdades em estados como Califórnia e Nova York eram quase gratuitas). De um tempo em que quem quisesse ter um trabalho remunerado decente o teria; em que as pessoas só trabalhavam cinco dias por semana e oito horas por dia, tinham todo o fim de semana de folga e as férias pagas todo verão. Que muitos empregos eram sindicalizados, de empacotadores em supermercados ao cara que pintava sua casa, e isso significava que não importava qual o seu trabalho, pois, por menos qualificado que fosse, lhe daria as garantias de uma aposentadoria, aumentos eventuais, seguro saúde e alguém para defendê-lo se fosse tratado injustamente.

As pessoas jovens têm ouvido a respeito desse tempo mítico – só que não é mito, foi real. E quando eles perguntam: “quando tudo isso acabou?”, eu digo: terminou neste dia: 5 de agosto de 1981.

A partir desta data, 30 anos atrás, o Grande Negócio e a Direita decidiram “botar para quebrar” – para ver se poderiam de fato destruir a classe média, e assim se tornarem mais ricos.

E eles se deram bem.

Em 5 de agosto de 1981, o presidente Ronald Reagan atacou todos os membros do sindicato dos controladores de vôo [PATCO – sigla em inglês], que tinha desafiado sua ordem de retornarem ao trabalho e declarou seu sindicato ilegal. Eles estavam de greve há apenas dois dias.

Foi um movimento forte e audacioso. Ninguém jamais tinha tentado isso. O que o tornou ainda mais forte foi o fato de que o PATCO foi um dos dois únicos sindicatos que tinha apoiado Reagan para presidente! Isso gerou uma onda de pânico nos trabalhadores ao longo do país. Se ele fez isso com as pessoas que votaram nele, o que fará conosco?

Reagan foi apoiado por Wall Street na sua corrida para a Casa Branca e eles, junto à direita cristã, queriam reestruturar a América e mudar a direção da tendência inaugurada pelo presidente Franklin D. Roosevelt – uma tendência concebida para tornar a vida melhor para o trabalhador comum. Os ricos odiavam pagar salários melhores e arcarem com os custos dos benefícios sociais. E eles odiavam ainda mais pagar impostos. E desprezavam os sindicatos. A direita cristã odiava qualquer coisa que soasse como socialismo ou que defendesse o reconhecimento de minorias ou mulheres.

Reagan prometeu acabar com tudo. Assim, quando os controladores de tráfego aéreo entraram em greve, ele aproveitou o momento. Ao se livrar de todos eles e jogar seu sindicato na ilegalidade, ele enviou uma clara e forte mensagem: os dias de todos com uma vida confortável de classe média acabaram. A América, a partir de agora, será comandada da seguinte maneira:

* Os super-ricos vão fazer muito, mas muito mais dinheiro e o resto de vocês vai se digladiar pelas migalhas deixadas pelo caminho.

* Todos devem trabalhar! Mãe, Pai, os adolescentes, na casa! Pai, você trabalha num segundo emprego! Crianças, aqui estão as suas chaves para vocês voltarem para casa sozinhas! Seus pais devem estar em casa na hora de pô-los para dormir.

* 50 milhões de vocês devem ficar sem seguro de saúde! E para metade das companhias de seguro: vão em frente e decidam quem vocês querem ajudar – ou não.

* Os sindicatos são maus! Você não será sindicalizado! Você não precisa de um advogado! Cale a boca e volte para o trabalho! Não, você não pode ir embora agora, não terminamos ainda. Suas crianças podem fazer seu próprio jantar.

* Você quer ir para a faculdade? Sem problemas – assine aqui e fique empenhado num banco pelos próximos 20 anos!

*O que é “aumento”? Volte ao trabalho e cale a boca!

E por aí vai. Mas Reagan não poderia ter levado tudo isso a cabo sozinho, em 1981. Ele teve uma grande ajuda: a AFL-CIO

A maior central sindical dos EUA disse aos seus membros para furarem a greve dos controladores de tráfego aéreo e irem trabalhar. E foi só o que esses membros do sindicato fizeram. Pilotos sindicalizados, comissários de bordo, motoristas de caminhão, operadores de bagagens – todos eles furaram a greve e ajudaram a quebra-la. E os membros do sindicato de todas as categorias furaram os piquetes ao voltarem a voar.

Reagan e Wall Street não podiam crer nos seus olhos! Centenas de milhares de trabalhadores e membros dos sindicatos apoiando a demissão de companheiros sindicalizados. Foi um presente de natal em Agosto para as corporações da América.

E isso foi só o começo. Reagan e os Republicanos sabiam que poderiam fazer o que quisessem, e o fizeram. Eles cortaram os impostos para os ricos. Tornaram a sua vida mais dura, caso quisesse abrir um sindicato no seu local de trabalho. Eliminaram normas de segurança do trabalho. Ignoraram as leis contra o monopólio e permitiram que milhares de empresas se fusionassem ou fossem compradas e fechassem as portas. As corporações congelaram os salários e ameaçaram mudar de país se os trabalhadores não aceitassem receber menos e com menos benefícios. E quando os trabalhadores concordaram em trabalhar por menos, eles exportaram os empregos mesmo assim.

E a cada passo dado nesse caminho, a maioria dos americanos estavam juntos, apoiando-os. Houve pouca oposição ou contra-ataque. As “massas” não se levantaram e protegeram os seus empregos, suas moradias e escolas (os quais costumavam ser os melhores do mundo). Simplesmente aceitaram seu destino e tomaram porrada.

Eu sempre me pergunto o que teria ocorrido se eles tivessem parado de voar, ponto, em 1981. E se todos os sindicatos tivessem dito a Reagan “Dê a esses controladores de voo os seus empregos de volta ou eles derrubarão o país”? Você sabe o que teria acontecido. A elite das corporações e seu boy, Reagan, teriam se dobrado.

Mas nós não fizemos isso. E assim, passo a passo, peça por peça, nos 30 anos seguintes aqueles que estiveram no poder destruíram a classe média em nosso país e, em troca, arruinaram o futuro de nossa juventude. Os salários permaneceram estagnados por 30 anos. Dê uma olhada nas estatísticas e você poderá ver que todo o declínio que estamos sofrendo agora teve seu início em 1981 (eis aqui http://www.youtube.com/watch?v=vvVAPsn3Fpk uma pequena cena para ilustrar essa história, do meu filme mais recente).

Tudo isso começou neste dia, há 30 anos. Um dos dias mais obscuros na história dos EUA. E nós deixamos que isso ocorresse a nós. Sim, eles tinham o dinheiro e a mídia e as corporações. Mas nós tínhamos 200 milhões de nós. Você já se perguntou o que seria se 200 milhões tivessem se enfurecido e quisessem seu país, sua vida, seu emprego, seu fim de semana, seu tempo com suas crianças de volta?

Nós todos simplesmente desistimos? O que estamos esperando? Esqueça os 20% que apoiam o Tea Party – nós somos os outros 80%! Esse declínio só vai terminar quando exigirmos isso. E não por meio de uma petição online ou de uma twittada. Teremos de desligar as tevês e os computadores e os videogames e tomar as ruas (como o fizeram no Wisconsin). Alguns de vocês precisam sair dos seus gabinetes de trabalho local no próximo ano. Precisamos exigir que os democratas tenham coragem e parem de receber dinheiro de corporações – ou as deixem de lado.

Quando será suficiente, o suficiente? O sonho da classe média não reaparecerá magicamente. O plano de Wall Street é claro: a América deve ser uma nação dos que têm e dos que nada têm. Isso está bem para você?

Por que não aproveitar hoje (05/08) para parar e pensar a respeito dos pequenos passos que você pode dar pela sua vizinhança e em seu local de trabalho, em sua escola? Há algum outro dia melhor para começar a fazer isso, que não seja hoje?

Tradução: Katarina Peixoto

Fonte
http://www.michaelmoore.com/words/mike-friends-blog/30-years-ago-today