sexta-feira, 17 de abril de 2009

Política: Lula defende o servidor Público: "Cara não é a máquina, é a ineficiência"

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE - Terça-feira, 14 de abril de 2009

"Cara no Brasil não é a máquina, é a ineficiência", diz Lula

O Palácio do Planalto acaba de disponibilizar o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia de comemoração do aniversário de 110 anos da Klabin, em Telêmaco Borba, no Paraná, nesta terça-feira.

Não sei se o petista soube das declarações de Serra ou se leu o artigo de Steinbruch - ambos amplamente desfavoráveis ao servidor e à política federal de reajustes aos servidores -, mas a verdade é que poucas vezes Lula esteve com a língua tão afiada em favor do funcionalismo.

"Ao contrário do que muita gente fala, a minha surpresa é que a máquina pública brasileira, do ponto de vista da formação e da qualificação, é uma máquina pública extraordinária. O que tem de gente qualificada... Se você for ao BNDES, na Caixa Econômica, no Banco do Brasil, no Itamaraty, nas Forças Armadas brasileiras, no Banco Central, no Inpe, no Inpa, se você for a essas instituições, no Ministério do Planejamento, na Previdência Social, tem técnicos da mais alta qualificação", disse.

"Mas eles ganham pouco. Ao contrário de serem chamados de “marajás”, de se vender a idéia de que todo mundo ganhava muito, que de vez em quando alguém comete no Brasil, de achar que a máquina pública ganha muito dinheiro, você tem técnico...", continuou.

"Eu vou dar um exemplo: um cidadão que ganhava R$ 26 mil por mês, na Petrobras, que eu aprendi a achar que ele era “marajá”, ele foi contratado recentemente por uma empresa privada para ganhar R$ 400 mil por mês, com dois anos de salário adiantado. E eu achava que ele ganhava muito, ganhando R$ 26 mil na Petrobras", reforçou.

E o presidente foi além:
"Quanto é que ganha um diretor do Banco Central, para lidar com bilhões? Quanto é que ganha o pessoal do Planejamento? Quanto é que ganha um jornalista que trabalha no Planalto? O máximo, quando é DAS-6, chega a R$ 10 mil, o bruto. Qualquer jornal de estado pequeno paga quase a mesma coisa para o seu principal jornalista. E se vendeu a idéia de que a máquina é uma máquina muito cara. O que é cara no Brasil não é a máquina, é a ineficiência", concluiu.

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