segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Diário: Marinês na Maratona de Caracas e na "Mon Quartier"

Na semana passada, Marinês participou da Maratona de Caracas, na Venezuela.

Ao lado do famoso e simpático Miguel "Baleia"

Ela concluiu a prova em quarto lugar em sua categoria, recebendo troféu e prêmio em dinheiro pelo feito.

Bilu, o trofeu e o cheque
As fotos acima foram publicadas no Blog dos Baleias, de Miguel "Baleia". Para ver a cobertura da corrida na íntegra, clique aqui.

E para completar o fechamento do ano com chave de ouro, Marinês também foi destaque do mês na Revista "Mon Quartier":


Você pode ampliar a imagem acima clicando sobre ela ou ler a matéria diretamente no site da Mon Quartier, clicando sobre a edição eletrônica e paginando até chegar à matéria "Correndo para o Mundo".

Depois de ser a primeira brasileira a subir no pódio em Gussing, na Austria, ela também foi provavelmente a primeira brasileira a ser premiada em Caracas. Parabéns, minha Biluzinha. Você continua orgulhando a mim e a todos que lhe conhecem.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Serra prometeu derrubar novo marco do pré-sal para beneficiar petroleiras americanas

Do Boletim Informes:

Serra prometeu derrubar novo marco do pré-sal para beneficiar petroleiras americanas

Novos documentos obtidos pelo site WikiLeaks revelam que as petroleiras americanas não queriam a mudança no marco de exploração de petróleo no pré-sal aprovado pelo Congresso Nacional. Uma dessas empresas, a Chevron, ouviu do então pré-candidato à Presidência, José Serra (PSDB), a promessa de que o novo marco aprovado seria alterado, caso ele vencesse as eleições.
Isso que mostra telegrama diplomático dos Estados Unidos de dezembro de 2009 obtido pelo site WikiLeaks (www.wikileaks.ch). A organização teve acesso a milhares de despachos. Deixa esses caras fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava... E nós mudaremos de volta”, disse Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama.
Para o deputado José Genoíno (PT-SP), os diálogos não representam nenhuma novidade. “Nós do PT sempre soubemos das reais intenções dos tucanos. Durante as campanhas, eles (PSDB) sempre negaram que quisessem entregar o pré-sal para a especulação, mas nossa campanha denunciou e evitou essa manobra do PSDB”, disse o parlamentar. Para o petista, as informações do site batem exatamente com a posição adotada pelos tucanos durante a discussão do novo marco regulatório do pré-sal. “Eles não podem nem negar. Eles estiveram contra as mudanças o tempo topo”, afirmou.
Para o líder do Governo na Câmara, Cândito Vaccarezza (PT-SP), os dados devem servir de alerta para a população. “Felizmente, essas foças retrógradas perderam as eleições. Conseguimos mudar o marco regulatório, e a Petrobras vai mostrar que é capaz de explorar o pré-sal. Agora, é trabalhar pelo Brasil. Para esses que tentaram negociar com forças contrárias ao Brasil, fica a lição de que estamos de olho”, alertou.
Negociações – O despacho relata a frustração das petrolíferas com a falta de empenho da oposição em tentar derrubar a proposta do governo brasileiro. O texto diz que Serra se opõe ao projeto, mas não tem “senso de urgência”. Questionado sobre o que as petroleiras fariam nesse meio tempo, Serra respondeu, sempre segundo o relato: “Vocês vão e voltam”.
A executiva da Chevron relatou a conversa com Serra ao representante de economia do consulado dos Estados Unidos no Rio. O cônsul Dennis Hearne repassou as informações no despacho “A indústria do petróleo conseguirá derrubar a lei do pré-sal?”. O governo brasileiro alterou o modelo de exploração – que desde 1997 era baseado em concessões –, obrigando a partilha da produção das novas reservas. A Petrobras tem de ser parceira em todos os consórcios de exploração e é operadora exclusiva dos campos. A regra foi aprovada na Câmara este mês.
Outros seis telegramas do consulado dos Estados Unidos no Rio sobre a descoberta da reserva de petróleo, datados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2009, mostram a preocupação da diplomacia dos Estados Unidos com as novas regras. O crescente papel da Petrobras como “operadora chefe” também é relatado com preocupação.
O consultado também avaliava, em 15 de abril de 2008, que as descobertas de petróleo e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) poderiam “turbinar” a candidatura de Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil. O consulado cita que o Brasil se tornará um “player” importante no mercado de energia internacional.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Lançada busca por palavra em todas as leis do Brasil

Já uso o site do Planalto para consulta de legislação a bastante tempo, mas a nova versão ficou ainda melhor, permitindo a busca por palavra contida no texto legal.
Edilson.

Site do Planalto, reformulado, lança sofisticada ferramenta de pesquisa

O novo Portal da Legislação da Presidência da República foi lançado ontem (2.dez.2010). Velho conhecido de quem pesquisa leis na internet, o portal teve visual reformulado e conteúdo reorganizado, para facilitar as consultas. É um grande serviço público.
Entre as novidades está a busca por palavra. No campo “Busca” (no canto superior direito da tela inicial do portal), o internauta pode digitar termos genéricos e encontrar o conteúdo legislativo relacionado. Assim, interessados em leis sobre “ambiente” vão encontrar, diretamente, lista de resultados sobre o tema, sem precisar gastar tempo clicando em diversos links.
Essa ferramenta facilita a vida do leigo. Por exemplo, ao digitar a palavra “aluguel” chega-se a todas normas sobre o tema em segundos.
O site disponibiliza cerca de 70 mil normas (nome genérico para leis, emendas constitucionais, leis complementares e outros tipos de textos legislativos), informa Fábio Brandt, repórter do UOL. Quem não sabe ao certo qual dessas normas consultar, mas sabe a qual área ela pertence, conta com um menu, apresentado logo na página inicial do site, que classifica o conteúdo por assunto – como “saúde”, “consumidor”, “indígenas” e “trânsito”.
Outro menu divide as normas por tipo, usando uma linguagem mais técnica – como “medidas provisórias”, “códigos”, “estatutos” e “decretos”. Ou seja: são formas de se chegar rápido ao conteúdo procurado ou, ao menos, a algo próximo disso, mesmo para quem não conhece quase nada de leis.
Além disso, buscas por leis brasileiras realizadas no Google (motor de busca mais popular da internet) costumam direcionar para páginas do Portal da Legislação.
Interessados em acompanhar mudanças legislativas podem se cadastrar no sistema “Push” (destacado no menu lateral direito da home page do portal). Trata-se de um informativo diário, enviado por e-mail, sobre leis e decretos assinados pelo presidente da República e sobre as mudanças nas leis existentes.
De acordo com a Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil (SAJ), órgão responsável pelo portal, há mais de 50 mil cadastrados no “Push”, implementado no velho portal em 2008. A SAJ também informa que recebia cerca de 10 mil page views por dia e que o novo portal recebeu ontem, dia de seu lançamento, 67 mil page views até as 18h15.

CD-Rom vai mostrar aos estudantes história das vítimas da ditadura

É importante perceber que a discussão está voltando à baila. Este passado não pode ser simplesmente esquecido, porque ainda há muitas questões pendentes e não esclarecidas envolvendo este período.

Só por meio da verdade pode haver a verdadeira reconciliação nacional.

Edilson.

11/12/2010
 
A história de 394 mortos e desaparecidos durante a ditadura militar (1964-1985) será conhecida dos estudantes do ensino médio de todo o Brasil. O relato está em um CD-ROM, elaborado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que será distribuído pelo governo federal para oito mil escolas públicas.
Montado a partir dos arquivos do projeto Direito à Memória e à Verdade, da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) e outros documentos e com o apoio do Ministério da Educação (MEC), o CD-ROM conterá mais do que a biografia dos perseguidos políticos. Abordará também a criatividade da cultura brasileira no períodoque vai de 1962 a 1985.
Trezentas canções - Através do material, professores e estudantes conhecerão melhor o contexto histórico e cultural do período com acesso a quatro mil fotografias e ilustrações. E mais trechos de 300 canções e filmes que remetem o espectador/ouvinte para uma viagem no tempo circulando por três décadas da história do país, desde o governo constitucional de João Goulart, passando pelo golpe militar, a consolidação do autoritarismo até o retorno da democracia.
Na abertura, o CD-ROM exibe as fotos das pessoas assassinadas pela repressão ou que ainda estão desaparecidas. Quando se passa o mouse sobre o retrato, é possível identificar nome e data da morte ou do desaparecimento. Quando se clica em cima da imagem, a foto se amplia e, ao lado, surgem cenas de acontecimentos políticos contemporâneos, nacionais ou internacionais, capas de discos, livros e outras, sempre acompanhadas da descrição daquele momento histórico.
“Uma batalha ganha” - “Essa juventude de hoje não conhece os anos difíceis que o país passou”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad, da Educação, nesta sexta-feira, em Brasília, durante o lançamento do CD-ROM que, para ele, “será festejado como um instrumento de transformação”. E reparou que “democracia se apropria com a cultura”. O ministro Paulo Vannuchi , da SDH, registrou que a experiência é “absolutamente pioneira” em termos de projetos de memória.
O trabalho foi coordenado pela professora Heloisa Starling, do departamento de história da UFMG, e contou com a participação de 15 estudantes de várias áreas. Agora, o projeto irá para a internet através de um site a ser desenvolvido pela universidade mineira. Heloisa Starling definiu a tarefa desenvolvida como “uma batalha ganha” na recuperação da memória da época da ditadura.

Fonte: Brasília Confidencial com Agência Brasil

Falsos e-mails de bancos e órgãos públicos - Denuncie à Polícia Federal

Se você receber algum e-mail suspeito de banco ou de algum órgão governamental, especialmente solicitando clicar em links ou o fornecimento de dados pessoais, tome cuidado, pois bancos e órgãos do governo não costumam enviar e-mails aos seus clientes e usuários. Neste caso, denuncie à Polícia Federal, que tem um departamento especializado em crimes pela internet.

Leia o alerta abaixo, divulgado pela Polícia Federal:

POLÍCIA FEDERAL ALERTA PARA E-MAILS MALICIOSOS

BRASÍLIA/DF – A Polícia Federal alerta os internautas que, nas últimas semanas, estão sendo enviadas mensagens eletrônicas em nome do órgão. As falsas mensagens informam que o usuário teria navegado por sites clandestinos e que isso resultaria na abertura de inquérito policial. Depois há um pedido para "clicar" em um link anexado a mensagem.

A Polícia Federal não envia mensagens eletrônicas para apuração de denúncias e nem para abertura de investigação. O único meio de contato com a Polícia Federal é por meio do endereço
dcs@dpf.gov.br da Divisão de Comunicação Social, usado para o encaminhamento de dúvidas, reclamações e sugestões.

Portanto, ao receber a mensagem suspeita, orientamos que ela seja encaminhada para o endereço crime.internet@dpf.gov.br e logo em seguida apagada.

por Divisão de Comunicação Social (61) 2024-8142 (www.dpf.gov.br/dcs).

Fonte: http://www.dpf.gov.br/

domingo, 12 de dezembro de 2010

Procura por desaparecidos políticos será retomada em 2011

Amigos,

A notícia que publico abaixo renova minhas esperanças, pois tenho um irmão desaparecido exatamente nesse período, mais precisamente no ano de 1968. O nome dele "é" Oldack Leoncio Soares. Pretendo procurar as autoridades e pessoas ligadas a organizações sociais que atuam na busca da verdade referente a este período para tentar obter informações sobre ele.

Na verdade  nem tenho certeza se meu irmão participou ou não do movimento de resistência à ditadura militar, pois eu tinha apenas 4 anos e os demais membros de minha família não eram muito politizados. Além disso, os militantes daquele tempo escondiam suas atividades da família para não colocá-los em risco.

O que sei é que ele sumiu exatamente no auge dos anos de chumbo e nunca apareceu qualquer notícia ou vestígio dele, apesar de minha mãe ter procurado a imprensa, hospitais, polícia e até místicos em busca de informações ou esperança, sem qualquer sucesso.

Sinto que tenho esta dívida para com ela e para com meu irmão. Assim, se alguém que me lê puder me dar qualquer informação a respeito, serei eternamente grato.

Edilson.

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Da Agência Brasília Confidencial:

06/12/2010
Eliaria Andrade - O Globo
Após 25 dias de trabalho neste mês e no anterior, a equipe que procura as ossadas de desaparecidos políticos no cemitério de Vila Formosa, em São Paulo/SP, suspendeu a busca. Mas a procura será retomada em 2011, a partir do dia 14 de fevereiro.
O ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi, está apelando aos militares e civis que participaram da repressão durante a ditadura militar (1964-1985) para que revelem, mesmo sob anonimato, onde estão os restos mortais dos desaparecidos políticos ou o que fizeram com os corpos. “Isso tudo é como buscar agulha no palheiro, porque a questão chave nós não conseguimos resolver ainda, que é convencer as pessoas que participaram da repressão a contar (onde estão os restos mortais)”, disse Vannuchi na semana passada.
Com a eventual cooperação de agentes, torturadores ou colaboradores da ditadura militar será possível saber se há corpos que foram, por exemplo, mutilados ou jogados no mar. Em todos estes casos, os familiares não receberam os despojos e não puderam enterrar seus parentes.
Exame de DNA - No cemitério de Vila Formosa, enterradas há cerca de 40 anos, as possíveis ossadas de desaparecidos estão muito decompostas. Milhares de outros restos humanos foram jogados sobre elas, deixando-as “em uma espécie de pasta”.
Nas buscas recém interrompidas, a Polícia Federal encontrou dentes e fragmentos de ossos que seriam de Sérgio Corrêa, membro da Aliança Libertadora Nacional (ALN). Correa morreu em setembro de 1969, vítima de uma explosão na rua da Consolação, centro da capital paulista, e foi sepultado como indigente. Ainda neste mês, o Instituto Médico Legal, de São Paulo, analisará o material coletado. Será submetido à antropometria forense – comparação de dados – e depois exame de DNA.
Mentalidade antidemocrática - Nas futuras buscas, o principal objetivo serão os restos de Virgílio Gomes da Silva. Também da ALN, onde usava o codinome Jonas, liderou o sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, em 1969. Bem sucedida, a operação desencadeou uma grande represália dos órgãos de repressão. Jonas foi preso no dia 29 de setembro do mesmo ano. Segundo relata o livro “Direito à Memória e à Verdade”, da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, ele morreu 12 horas após ser preso. Seu laudo médico descreve equimoses, hematomas e fraturas – entre elas o afundamento do crânio – por todo o corpo.
Na opinião de Vanucchi, o país não concluirá o processo de reconciliação democrática enquanto as famílias não souberem o que ocorreu com seus entes queridos. “Infelizmente, há ainda uma mentalidade raivosa, de ódio e de torturadores e de comandantes de torturadores que não fizeram a conversão à vida democrática”, disse. O levantamento da Secretaria de Direitos  Humanos registra os nomes de 383 esaparecidos durante a ditadura.
As razões da busca – Os argumentos para persistir na procura das ossadas das vítimas do regime militar estão na Diretriz 22, do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). Um deles reside na necessidade de “assegurar às famílias o exercício do direito sagrado de prantear seus entes queridos e promover os ritos funerais, sem os quais desaparece a certeza da morte e se perpetua angústia que equivale a nova forma de tortura”. Observa-se ainda que os jovens tem o direito de conhecer o que se passou nos anos de chumbo.
“A história que não é transmitida de geração a geração – diz o documento — torna-se esquecida e silenciada”. E prossegue: “O silêncio e o esquecimento das barbáries geram graves lacunas na experiência coletiva de construção da identidade nacional.” Acentua que “resgatando a memória e a verdade, o país adquire consciência superior sobre sua própria identidade, a democracia se fortalece. As tentações totalitárias são neutralizadas e crescem as possibilidades de erradicação definitiva de alguns resquícios daquele período sombrio, como a tortura, por exemplo, ainda persistente no cotidiano brasileiro”.
Calcula-se que 50 mil pessoas foram presas somente nos primeiros meses de 1964. Cerca de 20 mil foram torturadas. Houve milhares de prisões políticas não registradas, 130 banimentos e 4.862 cassações de mandatos políticos.
Fonte: Brasília Confidencial