segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O boicote brasileiro ao pré-sal

Do Blog do Nassif - Seg, 19/07/2010 - 09:22


Ontem, o Financial Times – mais importante jornal de negócios do planeta – publicou ampla matéria sobre o início da produção do pré-sal.

O jornal estranhou o pouco destaque na mídia e no próprio Blog da Petrobras. Interpretou como cansaço do país pelo excesso de loas ao pré-sal.

Do lado da Petrobras, provavelmente o correspondente se esqueceu de mencionar que a empresa está em fase de silêncio – imposto pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), devido ao próximo lançamento de ações da empresa. Mas entendeu as limitações eleitorais, para explicar o discurso mais moderado do governo.

Aí, se estende sobre a maneira como a grande imprensa praticamente ignorou o episódio. Alertou para a "complacência que ameaça o Brasil". Diz que, depois dos sucessos dos últimos anos, "muitos brasileiros dão a impressão que o trabalho já está feito. A colheita do pré-sal já está depositada. Mesmo a descoberta de 4,5 mil milhões de barris em um novo campo chamado Franco em maio foi recebida com indiferença".

Nada a ver com a opinião pública em geral e com a opinião dos especialistas em particular. Mas com um vício recorrente que tirou toda a objetividade de alguns grandes jornais.

Do lado da mídia, a cobertura foi incompreensível. Pouco se falou do início da exploração. Mas O Globo saiu-se com uma manchete escandalosa, informando que enquanto na Europa se reduz a exploração na plataforma marítima, devido ao acidente da British Petroleum no Golfo do México, no Brasil se acelera.

De repente, passa-se a acusar o Brasil de pretender se beneficiar de suas próprias riquezas naturais, sem informar que, no caso da Europa, o recuo na produção marítima se deveu ao esgotamento de suas jazidas, apenas isso.

Acusou-se a Petrobras de ignorar o acidente da BP, como se a falha fosse dela, não da BP. Há anos a Petrobras possui um sistema de válvulas automáticas, que impediriam qualquer tipo de acidente similar ao que ocorreu com a BP.

Lá, por questão de economia, as válvulas eram manuais. Quando ocorria algum problema no poço, não fechavam automaticamente a saída do petróleo. Pela tubulação vinha então aquele fato de petroleo e fogo. Para salvar-se, os operadores fechavam repentinamente as válvulas, fazendo com que a explosão se desse na entrada do petróleo.

O clima eleitoral parece ter contaminado toda a cobertura. Qualquer notícia positiva para o país é escamoteada, com receio de que possa beneficiar um dos candidatos. Joga-se vergonhosamente contra o país, forçando manchetes para prejudicar o lançamento das ações da Petrobras, como se o que estivesse em jogo fossem apenas as próximas eleições, não a construção do futuro do país, com esse presente dado pelos céus.

"Acusa-se" o país de pretender se beneficiar do pré-sal! O que esse povo pretende? Que se abra mão de uma riqueza que poderá alavancar o bem estar de todo brasileiro?

É um clima irrespirável, que não terá continuidade após as eleições. Aí, será necessário um grande pacto entre as novas lideranças da oposição e o próximo governo, visando blindar os interesses do país do jogo político rasteiro.

Serra acusa Lula de censurar imprensa

Em duro discurso durante o 8.º Congresso Brasileiro de Jornais, promovido pela Associação Nacional de Jornais (ANJ), no Rio, na quinta-feira (19), o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, acusou o governo federal e o PT de tentarem, nos últimos anos, intimidar, manipular e censurar a imprensa brasileira:


Clique na imagem para ampliar

Até a Folha já entregou os pontos

Do Blog do Nassif:

Biruta de Serra desorienta a Folha
Enviado por luisnassif, sab, 21/08/2010 - 10:00

Por Gustavo Belic Cherubine

Alguém leu o editorial da fsp de hoje?

Da Folha de São Paulo, sábado, 21 de agosto de 2010

Avesso do avesso

Tentativa do tucano José Serra de se associar a Lula na propaganda eleitoral é mais um sinal da profunda crise vivida pela oposição

Pode até ser que a candidatura José Serra à Presidência experimente alguma oscilação estatística até o dia 3 de outubro. E fatores imprevisíveis, como se sabe, são capazes de alterar o rumo de toda eleição. Não há como negar, portanto, chances teóricas de sobrevida à postulação tucana.

Do ponto de vista político, todavia, a campanha de Serra parece ter recebido seu atestado de óbito com a divulgação da pesquisa Datafolha que mostra uma diferença acachapante a favor da petista Dilma Rousseff.

A situação já era desesperadora. Sintoma disso foi o programa do horário eleitoral que foi ao ar na quinta-feira no qual o principal candidato de oposição ao governo Lula tenta aparecer atrelado... ao próprio Lula.

Cenas de arquivo, com o atual presidente ao lado de Serra, visaram a inocular, numa candidatura em declínio nas pesquisas, um pouco da popularidade do mandatário. Como se não bastasse Dilma Rousseff como exemplar enlatado e replicante do "pai dos pobres" petista, eis que o tucano também se lança rumo à órbita de Lula, como um novo satélite artificial; mas o que era de lata se faz, agora, em puro papelão.

Num cúmulo de parasitismo político, o jingle veiculado no horário do PSDB apropria-se da missão, de todas a mais improvável, de "defender" o presidente contra a candidata que este mesmo inventou para a sucessão. "Tira a mão do trabalho do Lula/ tá pegando mal/... Tudo que é coisa do Lula/ a Dilma diz/ é meu, é meu."

Serra, portanto, e não Dilma, é quem seria o verdadeiro lulista. A sem-cerimônia dessa apropriação extravasa os limites, reconhecidamente largos, da mistificação marqueteira.

A infeliz jogada se volta, não contra o PT, Lula, Dilma ou quaisquer dos 40 nomes envolvidos no mensalão, mas contra o próprio PSDB, e toda a trajetória que José Serra procurou construir como liderança oposicionista.

Seria injusto atribuir exclusivamente a um acúmulo de erros estratégicos a derrocada do candidato. Contra altos índices de popularidade do governo, e bons resultados da economia, o discurso oposicionista seria, de todo modo, de difícil sustentação em expressivas parcelas do eleitorado.

Mais difícil ainda, contudo, quando em vez de um político disposto a levar adiante suas próprias convicções, o que se viu foi um personagem errático, não raro evasivo, que submeteu o cronograma da oposição ao cálculo finório das conveniências pessoais, que se acomodou em índices inerciais de popularidade, que preferiu o jogo das pressões de bastidor à disputa aberta, e que agora se apresenta como "Zé", no improvável intento de redefinir sua imagem pública.

Não é do feitio deste jornal tripudiar sobre quem vê, agora, o peso dos próprios erros, e colhe o que merece. Intolerável, entretanto, é o significado mais profundo desse desesperado espasmo da campanha serrista.

Numa rudimentar tentativa de passa-moleque político, Serra desrespeitou não apenas o papel, exitoso ou não, que teria a representar na disputa presidencial. Desrespeitou os eleitores, tanto lulistas quanto serristas.

"Fifa corrompe os países que recebem a Copa", acusa repórter da BBC

Publico a matéria abaixo para reflexão.
Não sou ingênuo, sei que um evento do porte da Copa do Mundo ou de uma Olímpiada, pelo volume de recursos envolvido, sempre está associado a favorecimentos, superfaturamentos, desvios de verbas, etc.
Mas também acho que são eventos importantes para o país-sede, pelos investimentos que provoca, pela turismo que é estimulado, e pelo retorno que traz e a infra-estrutura que deixa para o país-sede.

"Fifa corrompe os países que recebem a Copa", acusa repórter da BBC


Repassado por Starnet.

Fonte: Carta Capital

03/08/2010 - 11:11 - Maurício Savarese - São Paulo

“Senhor Joseph Blatter, um pagamento secreto de uma empresa de marketing chegou por acidente à conta bancária da Fifa. Para quem era?” Essa pergunta, feita ao presidente da entidade em 2004 durante uma entrevista coletiva na Tunísia, mudou a vida do jornalista Andrew Jennings, hoje aos 67 anos de idade. Desde então, ele se tornou persona non grata pela entidade. Jennings diz que o pagamento secreto se destinava a dirigentes da entidade.


http://www.youtube.com/watch?v=Xl_MkPHRTJc

Desde sua profissionalização sob João Havelange, na década de 1970, a Fifa é cercada por empresas esportivas, empreiteiras, vendedoras de ingressos e outros ramos que estariam ligados à cúpula do futebol mundial, várias das quais foram alvo de investigações do escocês – que fez carreira no diário inglês Daily Mail e ganhou liberdade para suas reportagens investigativas em documentários da BBC.

Jennings, que visitou o Brasil pela primeira vez para um congresso de jornalismo investigativo, fala sobre as razões que o motivam a continuar com seu trabalho e fala das formas de corrupção que costumam se associar a Copas do Mundo e Jogos Olímpicos. O Brasil receberá os dois: o primeiro em 2014 e o segundo em 2016.

Por que o senhor decidiu focar suas investigações na Fifa?

Posso dizer que os escolhi como alvo porque todo jornalista deve ter um alvo, um grupo que queira investigar. Eu sou incapaz de dizer qual é o resultado de um jogo, mas sei quando tem corrupção lá. E é apenas a porcaria do futebol! Como é que não pode ser transparente algo que não é questão de vida ou morte? A verdade é esta: eu sou um jornalista combativo e todo jornalista combativo precisa de um objetivo. O meu é mostrar o que fazem na Fifa, no COI.

É uma questão de nicho de mercado? Se é isso, por que vai a aeroportos do mundo inteiro para pressionar esses dirigentes?

Não é nicho de mercado, isso é só uma provocação. Acho que o futebol é importante para muita gente. E essas pessoas são roubadas. Investimento público é feito em estádios, em infraestrutura e em muitas áreas que têm a ver com o interesse público. Meu interesse não é saber se o Manchester United será campeão europeu, mas sim se o Brasil vai ser a parte dois de toda a corrupção que se viu na África do Sul nos últimos anos.

Onde que a corrupção surge em uma Copa do Mundo e nas Olimpíadas? E como se faz para investigar isso?

As empreiteiras, as vendas de ingresso e as empresas que fazem propaganda nesses eventos são grandes fontes de corrupção. E a fórmula para descobrir isso exige um pouco de sagacidade. Quando fiz a pergunta a Blatter, sabia que na Fifa há muitos funcionários honestos. Passei semanas vendo aquelas pessoas em Zurique, que ficavam encostadas na parede com cara de tédio enquanto o chefe delas falava. Havia um desconforto. Optei por, na primeira boa chance que tivesse, me sentar na primeira fileira e perguntar a Blatter da forma mais agressiva que podia sobre subornos da ISL [empresa falida de marketing esportivo]. Não o chamei de presidente Blatter. Foi tudo calculado para notarem que eu não tinha respeito por ele e que fazia um trabalho sério. A partir dali, os documentos internos começaram a chegar. E eles chegam até hoje. Sobre a África do Sul eu tenho material e sobre o Brasil eu também vou ter.

O que o senhor tem?

Muita coisa, mas não tenho pressa. Sou um jornalista à moda antiga, não preciso publicar nada amanhã. Acho que a informação pode se refinar conforme o tempo passa. Mas as dicas estão por aí. No caso da vitória do Brasil para receber os Jogos de 2016, faço apenas uma pergunta. O homem da ISL que se chama Jean-Marie Weber. Foi condenado à prisão na Suíça, é investigado até hoje. E no dia da votação em Copenhague ele estava com credencial, lá dentro, na área de imprensa. Cumprimentou o ex-presidente da Fifa João Havelange. O que será que Weber fazia ali? Agora, vocês brasileiros precisam de jornalismo para não serem a nova África do Sul. O que está feito, está feito. Deixem-me com esse trabalho [risos].

Jennings confronta Jean-Marie Weber em Copenhage, em 2009:

http://www.youtube.com/watch?v=fH-CSonp4lI

O senhor planeja vir ao Brasil para a Copa do Mundo ou para Rio-2016?

Não acredito nisso, mas eu também não pensei que um dia escreveria uma reportagem com o título “Eu sou o pior repórter do mundo”, listando no Daily Mail todos os dirigentes da Fifa que não aceitam conversar comigo. Fiquei empolgado ao ver que vocês são mais críticos do que os sul-africanos, que demoraram muito até descobrir todas as sujeiras que fizeram. Se eu vier vai ser divertido, porque vocês têm senso de humor e isso é excelente para você pegar esses corruptos que estão no esporte. Sabem se divertir.

Quais são os riscos que o Brasil corre na próxima Copa do Mundo? Como a África do Sul foi lesada em seu Mundial?

A África do Sul teve de se render à Fifa para organizar a Copa. Além da corrupção dentro da própria entidade, a Fifa corrompe os países que recebem o evento. O principal escoadouro de recursos é a construção de estádios. Quando se sabe que haverá investimento público em estádios, acionam o secretário-geral, Jerome Valcke. O sistema é simples: se o estádio vira uma questão de injetar recursos públicos, eles atrasam a obra. Quando isso acontece, surgem os chamados recursos emergenciais. Está feito o estrago: um estádio que custaria 200 milhões de dólares, como o de Port Elizabeth, na África do Sul, se transforma em um elefante branco de 350 milhões. Já notei que os estádios de vocês ainda não saíram do papel. Dá para imaginar o que pode acontecer, não? A Copa do Brasil pode ser a Copa da África do Sul 2 se houver dinheiro público para estádios.

O risco se limita aos estádios ou há mais?

Claro que há mais. O Brasil não terá um retorno financeiro como o projetado – assim como em todas as últimas Copas do Mundo – porque algumas receitas, superestimadas por sinal, são simplesmente engolidas pela corrupção. Um exemplo é a venda de bilhetes. Saiba que vocês não vão ficar com as receitas de nenhuma entrada vendida aqui. O Brasil é só o hospedeiro, mas os bilhetes, os estádios e muito do que vier de recurso ficará nos bolsos de estrangeiros. A África do Sul prometeu ao seu povo uma Copa do Mundo sem exageros. Mas enriqueceu dirigentes com milhões de dólares vindos de corrupção, de superfaturamento de obras. O Brasil corre o mesmo risco. Na África a imprensa levou anos para denunciar isso. Aqui vocês parecem estar mais atentos, mas os riscos são claramente os mesmos.

Qual é a sensação de ser o único repórter do mundo banido pela Fifa? Como lida com as críticas de ser um “pavão da reportagem”, como já disseram membros da Fifa e do COI?

Eu sou mais pobre hoje do que era há 20 anos, quando não investigava a Fifa. Viajar custa caro e nem sempre pagam as minhas passagens. Mas vou aonde for necessário para ouvir uma boa fonte. Não sei se sou um pavão, acho que sou apenas um velho que se veste mal e que acha que o Google não resolve todos os problemas do jornalismo. Acho que gastar os sapatos, ter senso crítico e exercer o senso de humor são o centro da minha profissão.

Lula e Serra: Separados ao Nascer

Taí a prova de que meu amigo Glenir tinha razão: Lula e Serra - Tudo a ver (clique na imagem para ampliar). ahahah.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Xico Bizerra recebe o título de Cidadão do Recife

Fonte: Informativo BC-Recife

Recebemos do colega aposentado, Xico Bizerra, o seguinte convite:
"Por iniciativa do povo recifense, representado pela unanimidade dos vereadores da Cidade, receberei, com muito orgulho, o título de Cidadão do Recife. Gostaria muito de compartilhar dessa alegria com você, no dia 20 de Agosto, na Câmara de Vereadores do Recife, às 10 horas da manhã."

O colega Francisco José Bizerra de Carvalho, conhecido por Xico Bizerra, trabalhou por 28 anos como Analista do Banco Central. Aposentado desde 2005, se dedica à música nordestina, sendo autor de 8 CDs do seu projeto Cultural FORROBOXOTE. Hoje, é reconhecido como grande compositor e poeta, autor de mais de 400 canções, sendo, inclusive, o autor mais gravado na Região nos últimos 5 anos. Xico Bizerra tem suas canções interpretadas por mais de 200 cantores e cantoras por todo o Brasil; dentre eles, Dominguinhos, Elba Ramalho, Quinteto Violado, Amelinha, Xangai, Maciel Melo e Santanna. Sua música SE TU QUISER, lançada em 2002, já conta com 107 gravações por artistas distintos.

Parabéns ao Xico Bizerra, orgulho do Banco Central e do povo pernambucano.

CNT/Sensus mostra Dilma 10 pontos à frente de José Serra


Repassado por: Antonio Pereira Santana

MÁRCIO FALCÃO - DE BRASÍLIA
A pouco mais de 10 horas do primeiro debate entre os presidenciáveis, pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta quinta-feira mostra uma vantagem de 10 pontos para a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, sobre o candidato do PSDB, José Serra.
A petista recebeu 41,6% das intenções de voto, enquanto o tucano ficou com 31,6%.
Marina Silva (PV) aparece em terceiro lugar, com 8,5% dos votos, enquanto José Maria Eymael (PSDC) tem 1,9% e Plínio Arruda (PSOL),1,7%. Outros candidatos mencionados na pesquisa não registraram 1% dos votos.
A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Os indecisos, brancos e nulos somam 14,5%. Em maio, edição anterior da CNT/Sensus, Dilma tinha 35,7%, Serra, 33,3%, e Marina, 7,3%.
ESPONTÂNEA
Na pesquisa espontânea, Dilma aparece na frente de Serra --na qual não é apresentada a lista de candidatos aos eleitores.
A petista recebeu 30,4% das intenções de votos na espontânea, contra 20,2% do tucano.
Marina tem 5% das intenções de voto, o mesmo índice do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não é candidato.
SEGUNDO TURNO
Num eventual segundo turno entre Serra e Dilma, a petista venceria com 48,3%, contra 36,6% para o tucano. Os brancos, nulos e indecisos somariam 15,3%.
Já num segundo turno entre Dilma e Marina, a petista teria 55,7%, contra 23,3% para a senadora do PV. Os brancos, nulos e indecisos somariam 21,1%.
Se a disputa ficasse entre Serra e Marina, o tucano teria 50%, contra 27,8% para a parlamentar. Os brancos, nulos e indecisos somariam 22,5%.
A pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 31 de julho e 2 agosto de 2010, em 136 municípios de 24 Estados. Foram ouvidas 2.000 pessoas.