domingo, 2 de agosto de 2009

Cordel: Tabira abraça a Acorja

Autor: DEDÉ MONTEIRO

Ó TABIRA, rainha encantadora
Deste vale de gente sofredora,
Tu possuis uma força criadora
Do tamanho da força do teu chão.
Quem te vem visitar se sente em casa
Porque todos te cabem sob a asa,
Neste sol sertanejo que te abrasa
E que abrasa as pessoas do sertão.

Tabira recebe a ACORJA
Com grande camaradagem
E a Serra da Borborema
Pede, com força selvagem,
Que vocês guardem pra sempre
A cor da sua paisagem.

FLÁVIO, JÚLIO CORDEIRO
E o DR. PAULO também,
Que visita especial
Que vocês trazer-nos vêm!
Dizer obrigado é pouco,
Mas é o que a gente tem.

ACORJA sem “A” é CORJA...
Mas esta corja, no entanto,
Faz um trabalho bonito,
Saudável e limpo (eu garanto!),
Falando de ecologia
Por tudo quanto é de canto,
Tentando educar, aos poucos,
Um país que polui tanto.

Obrigado por trazer-nos
LULA, o presidente, a lenda!
55 anos de músculos
E resistência estupenda.
De levar um murro dele
Jesus do Céu me defenda.

PAULO PICANHA é fofinho,
Mas ninguém se engane não:
Tem pouco corredor magro
Que suporta o seu rojão.
Come que só a desgraça
Mas corre que só o cão.

O “carnavalesco” FRADE
Merece o nosso carinho:
Tanto freva quanto corre,
É comedor de caminho,
Com 58 anos
Ganha todas de Julinho.
ALMIR, “misera” da turma,
Que seja fraco eu duvido:
A Acorja não aceita
Miserável nem bandido.
Eis um pitaco primeira:
Se ele subiu a ladeira
Que tal mudar o apelido?

AUGUSTO BRITO, o mais magro
Corredor da capital,
A grande dor de cabeça
Do Dr. Flávio Sobral
É fazer Augusto Brito
Ganhar de peso um dedal.

MURILO, o BODE pé-duro,
Se orgulha de ser baixinho.
Um metro e meio de gente,
Mas tão faladorzinho
Que espalhou na região
Que iria dar um cambão
No corredor João Doidinho.

Das mulheres da patota
Não sei qual é a mais bonita:
A primeira é JULIANA,
A corredora gasguita,
Que fala feito um badalo
E todo mundo acredita.

PÂMELA, a musa das ladeiras,
Imprime um rojão pesado!
Pelo que sei da garota
Enfrentá-la é um pecado:
Sendo mulher, ela passa!
E os homens tomem cuidado!

Tem ELIANNA, a morena,
Maratonista de raça;
MARINÊS, a cearense,
Que de Deus recebe a Graça
De preservar a saúde
Metro a metro, braça a braça.

Parabéns a todo mundo
Que participou da festa!
Não subi porque não pude,
A planície é o que me resta.
Mas meu nome num troféu
Faz que eu me sinta no céu
Do coração de vocês!
E pra ficar tudo bem,
Em agosto, ano que vem,
Venham pra Serra outra vez!

E os PARABÉNS a JULINHO
Pela idade a que monta!
Já que ele não quer dizer,
Pois o numeral amedronta,
Peçamos a Dona Dulce
Pra revelar essa conta.

TABIRA, 01/08/2009

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