Em Homenagem ao Dia Internacional da Mulher, divulgo matéria publicada no site Corre 10, sobre minha esposa, Marinês Melo, a quem muito amo e admiro.
Fonte:
Corre10
"Desbravadora" Marinês Melo conta experiências de 22 maratonas internacionais
Especial Dia Internacional da Mulher
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Marinês exibe suas medalhas - Foto: Álvaro Soares |
Por William Tavares
Em homenagem ao Dia da Mulher, que se comemora hoje (8), o Corre10 decidiu contar a história de uma corredora que representa bem a garra e a determinação feminina. E se a data é internacional, nada melhor que conhecer a dona de um currículo repleto de meias maratonas, maratonas e ultramaratonas disputadas em todo mundo. Entre provas, medalhas, e muitas viagens, Marinês Melo, de 48 anos, conta como começou a paixão pelo esporte e até onde já foi em busca do prazer da corrida.
A "desbravadora", como é conhecida entre os amigos, já era experiente em corridas, mas sempre teve o sonho de participar de uma maratona. A oportunidade surgiu em 2008, quando se juntou a um grupo de corredores para disputar a Maratona de Atenas. A partir dai ela não parou mais. Além de servir como uma forma de bem estar, a maratonista também conta outra vantagem de participar das provas. " Eu amo maratona. E se for agregada a uma viagem, é melhor ainda", brinca Marinês, que já participou de maratonas em Atenas, Berlim, Punta del Leste, Madri, Paris e Tóquio.
Com 22 maratonas e duas ultramaratonas, Marinês também pretende se aventurar no Triathlon futuramente. "Eu comecei a treinar ciclismo e estou aprendendo a nadar. Já participei de um Duathlon, mas ainda preciso treinar mais para competir", disse a maratonista, que confessa não ser muito fã de treinos. "Eu não gosto muito de treinar, não muito disciplinada. Meu negócio é correr e me divertir", finaliza ela.
A lista de provas - e viagens - é extensa, e a "desbravadora" sempre prefere competir juntamente com outros amigos corredores, além da companhia de seu marido, Edilson Queiroz, que se aventura apenas em provas tradicionais de corrida. " A minha maratona dos sonhos era ade Nova York, mas como estava sozinha acabei desanimando. Correr ao lado de amigos não tem nada igual", desabafa Marinês. Entre as preferidas, ela destaca a Maratona de Tóquio. "Em termos de festa e organização, a maratona de Tóquio foi uma das melhores que já fui. O problema foi a distância. Se não fosse isso, entraria no meu calendário de provas", comenta a maratonista.
No fim de janeiro, Marinês participou do Deserto do Atacama. Segundo ela, foi uma das mais difíceis, principalmente por causa da altitude. "Faltou ar e eu precisei tomar oxigênio", comenta. "Também sofri na Maratona de São Paulo, porque você passa por muitos túneis e eu tenho um pouco de fobia com isso".
Entre as várias medalhas que a atleta coleciona, uma quase ficou de fora da sua coleção. "Quando voltei da Maratona de Las Vegas, eu voltei no voo usando a medalha que ganhei na prova. Na volta, eu tirei um pouco a medalha, porque estava pesando, e botei na perna. Dormi e quando acordei não a achei, mas logo depois encontrei", brinca.
Inspiração
A atleta confessou ser admiradora da corredora britânica, Paula Radcliffe, recordista mundial em maratonas feminina. Mas foi uma reportagem sobre uma maratonista brasileira que a impulsionou na modalidade. "O que me inspirou a começar nas maratonas foi uma reportagem que li sobre uma atleta chamada Denise Amaral, que já tinha disputado mais de 80 maratonas. O relato dela foi o que me incentivou a começar no esporte", ressalta Marinês.
Mãe de duas filhas, Luisa e Sabrina, e futuramente avó, ela não pensa em parar de correr. "Eu não quero parar de correr nunca. Quero ser que nem o indiano Fauja Singh, que corre com 100 anos. Ainda quero disputar muita maratona e, é claro, viajar bastante", enfatiza Marinês.